5 de maio de 2017

Nova Entrevista De Toyotaro Na Napoli Comi-Con 2017!


Mais uma entrevista concedida por Toyotaro na Napoli Comi-Con 2017, na Itália. Confira!

Que significado tem para você passar de fã a autor de um mangá pertencente a uma das maiores franquias?

Toyotaro: No nível sentimental nada mudou pra mim, continuo tendo o mesmo amor desde quando era criança.
Já no nível de responsabilidade, mudou completamente: hoje meu trabalho é atrair o máximo de fãs possíveis e enviar uma mensagem. Não quero que se sintam traídos com o que eu faço, por isso dou tudo de mim para conservar a autêntica essência da franquia. 

No que você se sente responsável?

Toyotaro: Há duas coisas que são muito importantes pra mim, como objetivo principal de não decepcionar os fãs: diversão e prazer. Esses sentimentos eu coloco em cada uma das minhas páginas e isso me permite fazer coisas interessantes e criativas.

Parece que Toriyama desempenha um papel importante em seu trabalho, certo?

Toyotaro: Não só no meu: ele supervisiona absolutamente todos os storyboards relacionados com o universo de Dragon Ball.

Há alguns meses, Toriyama disse que você era o mais próximo ao seu estilo entre todos os mangakás. Ele também disse que você tinha esse estilo dinâmico que ele havia perdido. Então ele lhe pediu para tomar liberdades, declarando que o resultado seria curioso. Onde você está hoje?

Toyotaro: Tomo algumas liberdades.

E embora seja verdade que, para um fã como eu, receber a aprovação do mestre do meu estilo é importante, o que eu gosto é que ele aceitou as minhas ideias originais: novas técnicas e novas expressões e uma outra coisa que não posso contar.

Desde a saga "Sobrevivência do Universo", você se tornou o designer dos personagens de Dragon Ball Super. Que abordagem tentou com esses personagens?

Toyotaro: Foi muito difícil, especialmente com os novos deuses da destruição. Para explicar melhor, embora sejam "Deuses da Destruição", os próprios deuses não são inimigos vendo de um ponto de vista narrativo. A verdade é que eles não poderiam ter um rosto muito ameaçador. Eles tinham que ter pelo menos carisma. Chegar a fazer isso perfeitamente era muito delicado.

Conhece os quadrinhos ocidentais?

Toyotaro: Claro, e mais do que isso, eu realmente aprecio o estilo de trabalho da Disney e como eles planejam as histórias não só em uma abordagem multimídia mas também em uma abordagem intermédia. É por isso que, entre todas as suas produções, o meu favorito é Star Wars.

Dragon Ball funciona mais ou menos da mesma maneira em seu gênero literário: o universo foi contado pela primeira vez no papel, logo na televisão, depois com uma tonelada de games, guloseimas, figuras de ação e outros spin-offs...

Toyotaro: Isso é o que eu chamo de "Mídia Mix", é uma estratégia muito eficaz. Não só porque dá a oportunidade de expandir o universo mas também porque permite chegar a um grande número de pessoas de diferentes meios de comunicação. Como eu posso não ficar feliz com qualquer coisa que possa aumentar o número de pessoas que seguem o meu trabalho?

Isso muda a sua maneira de desenhar Dragon Ball Super?

Toyotaro: Não, claro que não. A prioridade pra mim é o mangá. Eu não posso me permitir ser influenciado por outros meios.

Existe um mangá japonês que você goste no momento?

Toyotaro: Sem dúvida, eu diria My Hero Academia.

Antes de terminar, uma palavra sobre a nova saga de Dragon Ball Super?

Toyotaro: Tudo o que posso dizer é: não acredite saber as equipes finais do Torneio do Poder, mesmo se elas já foram reveladas.

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